Uruguai X Argentina
Cinco da tarde. Onde eu gostaria de estar agora? Ora, Montevidéu, naturalmente. Acontece que o clima que precede os grandes jogos é mágico, feito para ser vivido e bem aproveitado. Dá para sentir daqui o desespero da torcida argentina invadindo o Uruguai; do mesmo modo não é impossível respirar-se o ar de necessidade de vitória que rola entre os uruguaios.
Futebol tem disso: consegue catalisar a emoção de um povo inteiro, estabelecendo entre as pessoas um laço de unidade que nenhuma outra manifestação logra realizar. Estão, pois, os uruguaios em pé de guerra, atrás de uma classificação que, preferencialmente, desclassifique a Argentina.
Imagino o clima de agora nas ruas de Montevidéu; imagino milhares de pessoas que já se deslocam para o velho estádio Centenário, palco de tantas glórias do pequeno país do Sul; e imagino Buenos Aires, tão cosmopolita, com o orgulho de sua seleção nacional abalado pelos péssimos resultados que têm conseguido.
Quem vai ganhar? Guerra é guerra, não adianta especular. Se tivesse que apostar num bolão, não saberia que placar colocar. Mas não preciso mentir que a minha preferência pende para o lado do Uruguai. Aliás, creio que não só a minha, mas a de todo mundo por aqui de vez que, no futebol, a Argentina é a nossa maior rival.
Também não adianta mentir sobre o fato de que se a Argentina não for classificada para a próxima Copa do Mundo haverá muita alegria entre os brasileiros. E comemorações.
A hora do grande e decisivo jogo se aproxima. Que vença o melhor? Ah, sim, desde que seja a equipe que veste a camisa da Celeste Olímpica.