A sobrevida de Marylin Monroe at Blog Ayrton Marcondes

A sobrevida de Marylin Monroe

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Taí: os mitos não morrem. Do que dá para pensar que Marylin Monroe nunca descansará em paz. Não me refiro apenas aos seus filmes que com frequência são exibidos na televisão. De vez em quando alguém descobre algo novo ligado à vida da estrela do cinema e o mito renasce. A mais recente notícia sobre Marylin é um vídeo no qual ela aparece fumando. Segundo a pessoa que fez o filme trata-se de maconha.

Marylin aparece descontraída e ao lado de pessoas aparentemente amigas. A certa altura ela recebe um cigarro e traga, mas não inala profundamente. Instantes depois cheira a própria axila e sorri.

O  filme, mudo e a cores, foi feito numa casa em Nova Jersey, provavelmente no fim dos anos 50. Um colecionador o adquiriu e permitiu que fosse divulgado digitalmente.

Marylin parece feliz, do jeito que gostamos de nos lembrar dela. Nada a ver com a atriz fora das telas cuja vida tumultuada rendeu e rende assunto até hoje. No vídeo ela surge num ambiente de simplicidade que nada tem a ver com o glamour das produções cinematográficas que fizeram dela um dos maiores ícones do século XX.

Marylin foi um desses fenômenos que se convertem em verdadeira religião para legiões de admiradores. Nasceu para preencher o enorme vazio que existe nas vidas comuns, presas às obrigações impostas pelo cotidiano. Não importa que na verdade estivesse bem longe da liberdade e felicidade que publicamente esforçava-se por ostentar: exercia à perfeição a função mítica que a tornava parte integrante dos sonhos das multidões.

A mulher do jogador Joe DiMaggio e do escritor Arthur Miller, a mulher que se relacionou com o presidente John Kennedy, a atriz de “Os homens preferem as loiras” e “Como agarrar um milionário” não aparece no vídeo caseiro gravado em Nova Jersey. Nesse filme, curto e revelador, pode-se ver o mito despido de toda celebridade, longe dos olhos de seu público.

Não é Marylin Monroe a mulher que vemos na tela do computador: é Norma Jean Baker, uma norte-americana nascida em Los Angeles e transformada em mito pela indústria do cinema com o nome de Marylin Monroe.

Norma morreu em 1962. Tinha 36 anos de idade e consta que faleceu devido a uma overdose de barbitúricos. Marylin continua por aí, eternamente viva, ressurgindo das cinzas de Norma.



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