Batendo recordes
É sempre admirável o empenho de atletas para vencer competições. Esportes que envolvem disputas individuais frequentemente nos trazem personalidades surpreendentes pela sua dedicação e empenho. O boxe é pródigo em atletas dotados de determinação invejável. Nem todo mundo gosta de boxe e muita gente não o considera nem mesmo um esporte dada a violência implícita às lutas. Para os amantes do boxe a perspectiva é, obviamente, outra: técnica, eficiência dos golpes, ataque e defesa enfeixam um tipo de arte que exige força, talento e enorme dedicação. Os grandes campeões e suas inesquecíveis lutas fazem parte do imaginário de superação do homem que parece ser capaz de vencer qualquer obstáculo. Por detrás do desempenho nos ringues existe toda uma história de preparo e treinamentos que muitas vezes chegam às raias do absurdo tão obcecados ficam os boxeadores com o esporte que praticam.
Em alguns esportes praticados individualmente a meta dos atletas é sempre a de superar recordes. Nadadores vivem às turras com marcas, existindo índices mínimos a serem atingidos em processos classificatórios para competições. As olimpíadas podem ser consideradas como um momento mágico para a superação de recordes. Durante a realização delas revela-se toda a obsessão de atletas em relação ao esporte que praticam. A busca da vitória e o estabelecimento de recordes representam não só a superação do atleta que vence, mas a quebra de limites. Até onde o homem pode chegar?
Entretanto, estabelecer recordes não é atributo restrito aos esportes. Na verdade corre solta por aí afora uma verdadeira mania de bater recordes, estimulada pelo “Guinness World Records”. Fazer parte do “Livro dos Recordes” em qualquer categoria é anseio de muita gente. Na verdade o número de categorias parece ser infinito dado que sempre existem obstáculos a serem vencidos. Isso digo porque só de ontem para hoje dois recordes foram batidos. O primeiro deles foi o do mais longo beijo dado sob a água: um casal de nadadores ultrapassou a barreira dos 3 minutos, beijando-se debaixo d´água. O outro recorde teve lugar numa pequena cidade do Paraguai na qual está se realizando numa feira internacional. O novo recorde refere-se a um feito culinário: a maior salsicha do mundo, de 203,8 metros de comprimento e 120 quilos.
O feito foi atestado por uma representante da organização do “Livro dos Recordes”. Ela comprovou o tamanho da salsicha e entregou o certificado a uma empresa paraguaia que promoveu a iniciativa. Com isso foi desbancada do primeiro lugar a cidade de Málaga, na Espanha, até então detentora do recorde e ter feito a maior salsicha do mundo com apenas 150 metros de comprimento.
Até esse momento não se divulgou como estão as coisas em Málaga após tão humilhante derrota. No Paraguai há festa porque junto com a enorme salsicha foi feito um pão de mesmo comprimento que ela e pesando 145 quilos. Pão e salsicha foram distribuídos gratuitamente aos presentes na feira, após o certificado do Guiness.
Mundo, mundo, vasto mundo, dizia o poeta.