A gangue das loiras
Loira ou morena? O assunto dá pano para manga e não existe acordo na preferência dos homens brasileiros em relação ao sexo oposto. Ainda mais em se considerando que, na atualidade, morena vira loira e loira vira morena com a maior facilidade. Culpa dos cosméticos, tinturas, salões de beleza e das cirurgias capazes de modificar a aparência de qualquer um. Não é que o Silvio Santos tentou assumir os cabelos brancos e agora se notícia que os fãs dele protestaram daí ele anunciar que vai tingir de novo a cabeleira?
Pois é, acontece com todo mundo, de ambos os sexos. Mas, num país em que a morenidade é mais disseminada as loiras, verdadeiras e tingidas, causam furor. Há aqueles machos que têm prevenção e afirmam, categoricamente, que em loira nenhum homem não pode confiar. O besteirol é grande e corre solto nas conversas entre homens que se juntam para um chopinho. Mulher é assunto de homem, assim como homem é assunto de mulher. Há quem proteste contra essa afirmação, mas, enquanto isso, o mundo gira e a Lusitana roda.
Outra besteira que corre em relação às loiras é a de que loira é burra. Isso dá o que falar, mas, piadas a parte, pode terminar em confusão. Anos atrás presenciei um camarada levar um sopapo de uma belíssima loira porque disse na cara dela que loira quanto mais bonita é, mais burra.
Mas, saudações às loiras, às morenas, às mulheres. E vamos ao que interessa.
Agora surge a gangue das loiras. Trata-se de um bando de seis mulheres - cinco delas loiras - e um homem que se especializaram em sequestros-relâmpago. Segundo se informa elas andam muito bem vestidas e aparentam pertencer à classe média alta. Atuando desde 2008 elas atacam as suas vítimas em shoppings e usam os cartões de crédito delas para retirar dinheiro e fazer compras. Está na internet um vídeo no qual uma das loiras da gangue faz compras num shopping e retira dinheiro do caixa eletrônico, para isso usando um cartão roubado. Mais: noticia-se que uma das loiras tinha vida dupla. Morando em Curitiba, casada e com dois filhos, viajava a São Paulo sem conhecimento do marido para se transformar numa violenta e perigosa sequestradora. Assim, afirmam os policiais, a mãe zelosa passava agir de arma em punho e usando linguajar chulo. Segundo o delegado que cuida dos crimes da gangue o caso dessa loira precisa ser estudado de vez que é inexplicável o fato de uma mulher deixar sua vida confortável em Curitiba para cometer crimes em São Paulo.
A curitibana foi presa na casa dela, na frente do marido e dos filhos. O marido está estarrecido, simplesmente não acredita na vida dupla da mulher. Será que ela tem necessidade de mais adrenalina no cotidiano?
Rapaz… Que coisa hein? Que sejam presas e paguem pelos malfeitos delas.
Eh, mundo louco!