O diplomata iraniano
Diplomatas em missão no exterior gozam de regalias, entre elas a impunidade por crimes que possam praticar. De modo que se um diplomata transgredir a lei a coisa tende a ficar por isso mesmo.
Pois não é que está havendo um imbróglio entre o Brasil e o Irã por conta de um diplomata iraniano? Esse diplomata foi acusado por duas meninas, de 9 e 15 anos de idade, de tê-las molestado dentro de uma piscina. Segundo afirmação das meninas o diplomata fazia brincadeiras durante as quais tocava nos genitais delas.
Na ocasião o diplomata escapou de apanhar de familiares das meninas. Conduzido a uma delegacia livrou-se devido à impunidade diplomática. É nesse ponto que começa a discussão envolvendo os países. O Irã alega que se trata de um mal entendido devido a diferenças culturais. O Brasil exige que o Irã oficialize a retirada do diplomata de sua missão no Brasil. Caso isso não aconteça as autoridades brasileiras estão prontas para declarar o diplomata “persona non grata” ao país.
Enquanto se discute o assunto o diplomata se manda, com a família, para o Irã onde agora se encontra. Quanto às “diferenças culturais” o que se diz por aqui é que no Irã nem mesmo é permitido que homens e mulheres frequentem a mesma piscina.
Tara é tara e o mundo está cheios de tarados. Crianças são vítimas inocentes de agressões sexuais e os que as praticam nem sempre são punidos. O caso do diplomata iraniano tem tudo para não dar em nada. Protestos de um lado, desmentidos esfarrapados do outro, e tudo acaba ficando como está.
Exceto a memória das meninas. As duas levarão consigo, pelo resto da vida, as imagens de um malandro que, a título de brincadeira, covardemente tocou as partes genitais de ambas.