Na esquina da São Gabriel
Imagine você um jovem italiano - 26 anos de idade - que decide se mudar para o Brasil onde pretende se fixar. Ele é bancário. Marca, previamente, algumas entrevistas em busca de emprego e desembarca em São Paulo na sexta-feira.
Dia seguinte, sábado, o italiano está dentro do carro de um amigo espanhol, andando pela cidade. Quando chegam à esquina da Rua São Gabriel com a Av. 9 de julho, um bandido, carona de uma moto, começa a bater no vidro do carro exigindo a entrega de bens. O italiano fica confuso, não entende o que o bandido está falando. Resolve abrir a porta e desce do carro para falar com o bandido. Este alveja o italiano no peito e desaparece. O italiano é levado para um hospital, mas, seis horas depois, morre.
A família do italiano – vivem no norte da Itália – declara-se abalada com a morte e pede ao Consulado no Brasil que não revele detalhes sobre a vida do rapaz. Até agora não há pista dos bandidos que participaram do assassinato do italiano e a polícia espera pelos filmes das câmeras de segurança dos prédios situados no local onde ocorreu o crime.
Um tiro no tórax: simples assim, gratuitamente, rápido desfecho para uma vida que nem chegou a começar na cidade, na verdade durou apenas 24 horas desde o desembarque do italiano em São Paulo.