Ainda e sempre Marylin
Há pouco tempo assisti ao filme “Sete dias com Marylin” no qual a atriz Michelle Willians faz o papel da grande diva do cinema. A trama gira em torno de uma estada de Marylin Monroe em Londres ao tempo em que era mulher do dramaturgo Arthur Miller. Marylin vive um momento em que busca fugir dos holofotes no que é ajudada pelo jovem Colin Clark (Eddie Redmayne), vindo de Oxford, que trabalha como assistente durante a produção do filme “O Príncipe Encantado”.
Em “Sete dias…” o espectador acompanha as aventuras de Marylin fora das telas na qual a grande atriz é mostrada como Norma Jean dada a necessidade que mostra de experimentar a vida das pessoas comuns. Colin Clarck obviamente apaixona-se por ela, mas a relação entre os dois não progride além de um curto período de amizade.
Michelle Willians foi premiada com o Globo de Ouro na categoria melhor atriz de comédia ou musical por sua atuação em “Sete Dias…”. O filme é bem produzido, traz atores como Kenneth Branagh no papel de Sir Lawrence Olivier, e mostra bem a fascinação que Marylin provocava nos homens. Sua visita ao castelo de Windsor - quando inesperadamente se vê aplaudida - destaca bem as diferenças entre a mulher Norma Jean e a atriz Marylin que, na ocasião, pergunta ao jovem que a acompanha: devo ser ela?
Entretanto, Willians não é Marylin, nem poderia dado que Marylin de fato é única. Daí que nada é melhor que rever a própria Marylin em seus filmes. Nesses dias a Rede Telecine está exibindo o filme “Os desajustados”, dirigido por John Huston e com roteiro de Arthur Miller, no qual Marylin contracena com grandes nomes do cinema como Clark Gable e Montgomery Cliff. A trama se passa na cidade de Reno e Marylin é Roslyn Taber, mulher que se divorcia e vive relação amorosa com Gay Langland (Clark Gable). Para os dias de hoje a trama mostra-se um tanto arrastada e cena após cena nada parece sugerir que nas vidas das personagens algo de realmente interessante possa vir a acontecer. Entretanto os diálogos escritos por Arthur Miller e a direção de John Huston fazem a diferença.
Os “Desajustados” é um filme de 1961. Clark Gable morreu dias após o término das filmagens e Marylin veio a falecer em 1962, aos 36 anos de idade. A beleza e a presença magnética de Marylin na tela são os pontos altos do filme demonstrando, fartamente, porque até hoje ela permanece como um dos ícones máximos de nossa cultura, eternamente lembrada e citada.