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Viagem ao passado

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Assisti a um interessante programa na TV sobre a possibilidade de viagem ao passado. Explicava-se o “buraco de minhoca” um tubo com duas bocas ligadas a uma garganta. Sendo ele transponível a matéria pode viajar de uma boca a outra, passando pela garganta. A ideia é representada por um verme andando sobre uma maçã. Se ao invés de dar toda a volta para chegar ao outro lado ele cavar um túnel chegará ao ponto final mais depressa. Do mesmo modo um hipotético túnel poderia ser usado para se chegar ao outro lado do universo viajando-se mais rápido que a luz, ou seja, em menos tempo do que a luz levaria para percorrer o espaço normal.

Como se vê os “buracos de minhoca” permitem viajar de um lugar a outro sem passar pelos locais intermediários. Isso significa a possibilidade de viajar no tempo ou percorrer milhares de anos-luz em tempo muito inferior ao registrado nos relógios da Terra. A Teoria da Relatividade de Einstein diz que quando um objeto viaja em velocidade próxima ou igual à da luz o tempo se desacelera. O clássico exemplo é o de dois indivíduos, um que fica na Terra e outro que viaja em nave espacial. No momento da partida o tempo é igual para ambos. Entretanto, devido à velocidade próxima à da luz para o astronauta o tempo passará mais devagar que para o indivíduo que ficou na Terra daí ele envelhecer menos. Em outras palavras, após viagem de poucas horas o astronauta encontrará, ao voltar, o individuo que ficou na Terra envelhecido em alguns anos.

 O fato é que embora matematicamente possíveis não existem meios de fabricar ou ter acesso a “buracos de minhoca”. Caso isso se torne possível estará dado o passo para a construção das chamadas “máquinas do tempo” que permitirão viagens ao passado e ao futuro. Por enquanto viajar no tempo é assunto da ficção científica. O cinema utiliza o tema em filmes de ficção, alguns deles muito interessantes.

Ao assistir ao programa sobre viagens ao passado me perguntei a que ponto da minha vida gostaria de retornar. Curiosamente a primeira coisa que me ocorreu foi voltar a uma manhã de 1965 para encontra-me no momento em que ligava o rádio e ouvia, pela primeira vez, a voz de Paul MacCartney  cantando  a música Michelle que ele acabara de lançar no disco Rubber Soul. Depois me vieram instantes de pessoas já desparecidas que gostaria de reencontrar ainda que só por um instante.

Escrito por Ayrton Marcondes

28 outubro, 2012 às 8:31 pm

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