Um novo ano
Caso se dê ouvidos ao que dizem os entendidos em economia o ano de 2013 será difícil. Há pouco tempo a revista “The Economist” sugeriu que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fosse afastado do cargo por má gerência na política econômica do país. A presidente Dilma Roussef saiu imediatamente em defesa do ministro, dizendo que o governo não toma medidas baseado em opiniões externas. Fica a pergunta: e quanto às opiniões internas, o governo as ouve?
Acontece que há quem queira baixar os juros ainda mais desvalorizar o real em relação ao dólar, situando o real no patamar de R$ 2,40. Trata-se, segundo economistas, de medida de alto risco dada a ligação dos preços de produtos internos ao valor do dólar. Mais: medida dessa natureza resultaria em subida da inflação.
Mas, a presidente continua a receber espantosa aprovação popular. A aprovação ao governo não foi abalada pelo “pibinho” de 1%, nem pelos escândalos que envolvem o PT. O ex-presidente Lula cada vez mais vai deixando para trás a imagem de probidade, acusado que é de ligações com os casos de corrupção durante o seu governo. Entretanto, ele assume uma postura interessante do tipo “não é comigo”. Não adianta a mídia bater na tecla de que qualquer pessoa pública acusada deve pelo menos uma explicação, uma resposta que seja ao país. Lula apenas ignora. Sabe que tem em mãos um eleitorado fiel o qual não parece nem um pouco interessado nessas acusações “da elite”. Dá a impressão de que o ex-presidente, por conhecer a sua força, pouco se importa com a opinião daqueles que o criticam. Mas, o falatório continua.
Pelo que é lícito se perguntar com que barco, afinal, estamos navegando, mais que isso se no rumo certo. A presidente exige um PIB de pelo menos 4%, mas ninguém acredita que isso venha a ser possível. Fala-se em atrair investimentos, mas a política do governo, o intervencionismo, espanta os grandes investidores.
No início de 2013 o futuro é uma incógnita. Acredita-se no que o governo diz ou nos avisos dos críticos de que é preciso mudar a linha econômica e depressa?
Ontem, assisti à queima de fogos da passagem de ano. Na praia as coisas se passaram do mesmo modo que em anos passados. Mas, não houve aquele estardalhaço nas casas, a queima de fogos adicional que acontece todos os anos. Um foguete aqui, outro ali, bem menos do que de costume. Talvez as pessoas não estejam tão animadas.