O fim de “Guerra dos Sexos”
Terminou o remake de “Guerra dos Sexos”, novela das sete exibida na Globo. A nova utilização do antigo tema não funcionou tão bem como da vez anterior. Talvez o maior problema tenha sido mesmo a escolha de um assunto que tinha razão de ser no passado, mas hoje em dia não empolga. Disputas entre homens e mulheres para demonstrar mais competência é assunto que não está em pauta no momento. De modo que os capítulos navegaram entre certa falta de graça e uma dose estipulada de intrigas românticas, quase sempre se deixando levar pelas generosidades do pastelão.
Acontece que o mundo mudou daí a sensação de reler um livro que agradou muito no passado e agora não ofereceu a mesma impressão. Verdade que a novela se valeu das excelentes interpretações dos bons atores da Globo, destacando-se Irene Ravache, Tony Ramos, Glória Pires, Edson Celulari e outros. Mas nem eles conseguiram injetar na trama o movimento necessário para atrair a atenção dos espectadores. Faltou impacto, mais que isso uma dose crescente de suspense, aquela agonia de se esperar pelo que deverá acontecer no capítulo seguinte.
Aliás, o sempre esperado último capítulo não trouxe emoção. A situação de Nando – interpretado por Reynaldo Gianechini - resolveu-se sem maiores impactos, ficando ele, no final, com Juliana - interpretada por Maria Ximenes. Certa carência de glamour permitiu que as coisas se resolvessem mais ou mesmo como se ainda pudesse existir um último capítulo no qual as coisas poderiam ser reviradas.
Destaque-se a excelência de produção técnica da Globo, cada vez mais impressionante. No fim das contas pode-se dizer que “Guerra dos Sexos” foi uma diversão agradável, mas que não deixará saudades. Quem sabe a trama teria sido mais bem recebida caso fosse recheada com outros tipos de disputas, mais atuais que a de brigas por supremacia na gestão de um negócio, realizadas entre homens e mulheres.