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O bebê real

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Chegou ao mundo o bebê real cujo nascimento provocou muita comoção em todo o Reino Unido. Apresentado pelos pais - o príncipe William e sua mulher Kate Middleton – no dia seguinte ao seu nascimento logo foi para casa - o palácio de Kensington onde vivem seus pais.

Não demoraram os pais a divulgar o nome escolhido para o bebê real: George Alexander Louis, homenagem ao seu bisavô, o Rei George 6º, pai da atual Rainha Elizabeth. O bebê real responderá, também, por Sua Alteza, o príncipe George de Cambridge. O título faz jus ao fato do bebê real ser o terceiro na lista de possíveis ocupantes do trono no caso de morte da rainha Elizabeth. O primeiro da lista é o seu avô, Príncipe Charles, e o segundo o seu pai, Príncipe William.

Eis aí um caso de criança nascida em berço de ouro cujo destino é vir a ser o rei do Reino Unido.

Convenhamos que a nós, plebeus terceiro-mundistas, toda essa história pode soar muito estranha. Já vi muita gente falar mal da Inglaterra que, antes dos Estados Unidos, mandava no mundo, punha e dispunha em favor dos seus interesses. Rica e proprietária de uma armada considerada invencível a Inglaterra aprontou coisas nada boas mesmo aqui na América do Sul. Do mesmo modo que os EUA estiveram por trás da queda de regimes democráticos na América do Sul, propiciando a instalação de longas  ditaduras, a Inglaterra teve participação efetiva na eclosão da Guerra do Paraguai. E por aí vai.

Do bisavô deste bebê real sabemos que era gago, assunto de que tratou o formidável filme “o Discurso do Rei”. George 6º ocupou o trono num momento muito difícil, justamente durante a Segunda Guerra Mundial.

Mas, tradição não é lá coisa a que estejamos muito habituados, daí certa estranheza com toda a movimentação em torno do nascimento do bebê real. Vale lembrar que em nosso país existiram dois reinados, o segundo deles durando 50 anos sob o comando do rei D. Pedro II. O Segundo Reinado tem sido tema de muitas publicações e até hoje existem estudiosos garantindo que melhor seria a vida no Brasil caso optássemos pelo regime monárquico. Entretanto, anos atrás se realizou um plebiscito no qual os brasileiros deveriam decidir entre os regimes republicano e monárquico. Venceu a República e eis que estamos a surfar nos desdobramentos políticos dela.

Tem gente escrevendo sobre a utopia de se conservar no Reino Unido uma família monárquica que, afinal, não tem poder sobre os destinos do país. Há também os que nos lembram da alegria do povo inglês pelo nascimento do bebê real, provando que a família real pertence não só à tradição, mas ao imaginário do país. De todo modo todos se escreve que, críticas de parte, ninguém fala mal do bebê real.

Pode-se estranhar, mas o fato é que acaba de nascer um rei.

Escrito por Ayrton Marcondes

25 julho, 2013 às 1:55 pm

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