Vandalismo em açãovadalismo
Acontece todo dia sob a forma de prolongamento de protestos. Determinada categoria de trabalhadores sai às ruas para protestar como acontece agora com os professores no Rio de Janeiro. Sem mais, nem menos aos que protestam se juntam vândalos cujo único intuito é agir violentamente, depredando o que acharem pela frente. A partir daí agências bancárias, telefones públicos, lojas, bancas de jornal, semáforos, vidros de qualquer espécie se convertem em alvos. Na batalha campal que se estabelece ninguém sabe exatamente quem é quem nessa história. A polícia reage e excessos são praticados. O mundo vem abaixo e parece não haver solução próxima para acontecimentos dessa ordem.
Vi imagens de um vídeo no qual um vândalo ensandecido atacou uma farmácia. Era de fato um louco, correndo, saltando até ser agarrado por policiais que tiveram muito trabalho para contê-lo. Mas, afinal, o que movia aquele espírito em fúria? Certamente, não protestava contra qualquer coisa, exercia livremente o vandalismo oportunista que acoberta ações de bandidos.
Também está na moda o incêndio de ônibus e virar carros. Protesto que é protesto parece não poder terminar sem cenas de agressão ao patrimônio particular e público. Desse modo movimentos de justas reinvindicações de algumas categorias passam a servir como estopim para atos de inexplicável vandalismo.
Entendo que o vandalismo em grupo se liga ao comportamento das multidões dentro das quais pessoas se despersonalizam a adotam um mesmo modo de agir. O rapaz de invadiu a farmácia não faria aquilo caso estivesse sozinho. Era movido pelo sangue quente de um grupo enfurecido no qual a ação de um homem serve de estímulo para a ação de outro. No fim das contas a certeza de impunidade funciona como termômetro das ações irresponsáveis.
O tempo anda bom para os radicais que se mostram melhores na prática do que em teoria.