A prisão dos condenados
A prisão dos condenados do mensalão está dando o que falar. Não mais que derrepente o ministro Joaquim Barbosa expediu ordens de prisão para os condenados. Tapa na boca dos arautos que cornetavam que essa coisa toda ia acabar em pizza. Aliás, bom que se diga que a palavra pizza - o correto é escrever píteça - vai virando sinônimo de Brasil.
Segundo os entendidos o esquema montado por PC Farias não passava de brincadeira perto do caso do mensalão. Color perdeu a presidência por conta das acusações de corrupção em seu governo; PC Farias apareceu morto junto com a mulher, sendo que ainda hoje se distute se ele foi assassinado ou não. Mas, passado não move futuro.Ou move?
Calaram fundo na alma popular as denúncias feitas pelo então Procurador Geral da República Roberto Gurgel. Ele disse que o mensalão foi o maior caso de corrupção na história do país. Em assim sendo a prisão dos condenados era esperada e deveria mesmo ser realizada.
Ficam no ar as imagens de condenados no momento em que se entregaram à Polícia Federal. José Genoino declarou considerar-se preso político. Seu partido emitiu nota sobre o julgamento político de seus membros. Mas…
Para o cidadão comum que não tem acesso aos meandros políticos e jurídicos do caso existem algumas dúvidas que incomodam. Deixando de lado as paixões e partidarismos - na medida do possível - fica mais difícil acreditar na inocência que na culpa. Decorre a afirmação anterior da impossibilidade de se acreditar que se tenham passado oito anos entre denúncias, acusações e defesas tudo não passando de uma grande armação para punir inocentes perseguidos politicamente. No caso do mensalão não ter existido há que se rever a estrutura judiciária do país, inclusive o próprio STF que teria sido enganado por manobras engendradas por hábeis mistificadores.
Como diria o primo pobre:quem sou eu primo para meter a colher num caso de tamanha envergadura. Posso, sim, dizer que me pareceram teatrais demais aquelas cenas do Genoino entregando-se à polícia. Pousou de vítima, gritou vivas ao seu partido e foi em frente como um carrneiro seguindo para o sacrfício. Ainda que venha de fato a ser inocente não era para tanto.