Dando-se mal
Quatro assaltantes invadiram a casa de um lutador de MMA no Estado do Novo México. Joseph Torrez, o lutador, estava em casa com a mulher, o filho e outra mulher. O problema para os assaltantes foi que Torrez reagiu ao assalto, entrando em luta corporal com eles. Disso resultou a morte de um dos assaltantes. Outro ficou ferido e está hospitalizado. Dois conseguiram fugir, mas já foram capturados pela polícia. O advogado de Torrez não acredita que ele venha a ser processado pela morte do bandido que invadiu sua casa. Segundo o advogado, Torrez lutou pela própria vida, nada mais fez do que defender a si e sua família.
Esse fato levou-me a outro, ocorrido em data que não sei precisar. Em cidade do interior vivia um turco brigão que adorava dar sopapos nos outros. O turco era preparado e muito forte daí não perder oportunidades para comprar uma briga. Desse modo tornou-se conhecido em sua região e consta que com ele ninguém se metia.
Aconteceu a esse turco estar em viagem a São Paulo e jantar num restaurante da cidade. Estava ele à mesa, jantando, quando sentiu o esbarrão de um homem que prontamente se desculpou. Esbarrara inadvertidamente ao passar pela mesa, por isso desculpava-se. Mas, o turco brigão de modo algum se mostrou inclinado a aceitar as desculpas. Levantou-se da mesa pronto para a luta: não perderia a oportunidade de dar uns safanões naquele sujeito educado que esbarrara nele.
Entretanto, as coisas não saíram do modo a que o turco estava acostumado. Ao agredir o adversário recebeu uma grande profusão de socos. Apanhou muito o turco brigão que, segundo se diz, depois disso tratou de amansar o seu temperamento agressivo.
Consta que o homem que bateu no turco era Raph Zumbano na época campeão brasileiro e sul-americano de boxe. Zumbano era tio do nosso incomparável Eder Jofre que tantas glórias trouxe ao país com a conquista de dois títulos mundiais em categorias diferentes.
Esse caso ouvi de um parente com quem mantinha longas conversas no passado. Dizia ele ter conhecido bem o turco e afiançava a veracidade de sua narrativa. Não sei se de fato o caso aconteceu. Mas creio que isso já não importe, estando mortas as pessoas envolvidas e até mesmo o narrador da história.