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Meningite causada por verme

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A revista “Memórias do Instituto Oswaldo Cruz” informa sobre um tipo de meningite pouco conhecida. Trata-se da “meningite eosinofílica” cujo diagnóstico nem sempre é fácil dado o desconhecimento de profissionais da área médica sobre a existência dela. De fato, meningites conhecidas são a bacteriana e a viral de forma que sintomas como dor de cabeça, febre, rigidez de nunca e, eventualmente, manchas hemorrágicas na pele são associadas a elas.

Entretanto, casos de meningite eosinofílica têm acontecido em alguns estados brasileiros. Esse tipo de meningite é causado pelo verme Angiostrongylus cantonensis que é transmitido por crustáceos e moluscos. Vetor importante é o caramujo gigante africano que ingere fezes de ratos nas quais pode existir o verme. Quando o caramujo se desloca libera um muco para reduzir o atrito com a superfície na qual se encontra. Esse muco contém os vermes que assim podem chegar a verduras e frutas. O homem adquire a meningite ao ingerir verduras e frutas mal lavadas ou mesmo ao tocá-las e trazer a mão à boca.

O contágio pode ser evitado através da colocação de verduras e frutas em água com uma colher de água sanitária pelo tempo de meia hora. Também importante é lavar as mãos. O caramujo gigante africano é encontrado em quintais, ruas e praças e deve ser eliminado, tomando-se o cuidado de não tocar nele com as mãos.

Na meningite eosinofílica os sintomas são semelhantes aos de outras formas de meningite, sendo menos comum a rigidez de nuca. O diagnóstico se faz por punção lombar, analisando-se o líquor ou líquido encéfalo raquidiano. A presença de células chamadas eosinófilos dá a esse tipo de meningite o nome de eosinofílica.

É muito importante a divulgação desta notícia em função de diagnóstico e dos cuidados que devem ser tomados pelas pessoas em relação a alimentos de origem vegetal. Em sua edição de ontem o jornal “O Estado de São Paulo” publicou notícia esclarecedora sobre o assunto.



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