Sexo para sempre
Imagino que muita gente faça uso de acessórios para atividades sexuais, afinal existem muitos sex shops mundo afora. Neles se oferecem todo tipo de instrumentos - alguns muito estranhos, diga-se - com promessa de realização de variadas fantasias amorosas.
Sexo é assunto permanente e há quem viva de dar conselhos para práticas mais saudáveis e prazerosas. Amor e sexo constituem-se num binômio capaz até mesmo de unir temperamentos opostos. Em casos extremos o binômio pode emular a ocorrência de tragédias.
Conheci um homem que amava muito a mulher dele. O casal beirava os 40 anos de idade quando ela foi acometida por doença que acabou roubando-lhe a vida. Restou a situação do marido inconsolável, saudoso. Não passava semana que não fosse ele ao cemitério levar flores ao túmulo da amada.
Passado mais que um ano o homem, em pleno vigor físico, interessou-se por uma moça. Depois de algum tempo começaram a namorar e, logicamente, aconteceu o encontro sexual. O diabo foi que de modo algum conseguiu ele a ereção. Preocupado, procurou por socorro médico que de nada adiantou. Foi por essa época que passou a ter sonhos eróticos com a mulher que já morrera. Nos sonhos as relações sexuais eram intensas, atingindo ele o orgasmo. Entretanto, na vida real não chegou a conseguir prática sexual efetiva com a namorada. Nessa situação o relacionamento esmoreceu gradativamente e terminou.
Deixei de ver esse homem, vizinho da casa de meu pai, e não sei como sua estranha aventura em sonhos terminou. Lembrei-me dele hoje ao ler que um designer holandês inventou um vibrador que carrega cinzas de pessoas mortas. Nesse vibrador existe um dispositivo no qual se podem borrifar perfumes antes utilizados pelo morto e um amplificador útil para tocar músicas que ele gostava de ouvir. E há uma caixinha onde podem ser colocados pertences do morto, tais como lenços muito úteis a serem manuseados nos momentos de masturbação.
Eis aí um meio de prolongar práticas sexuais com o homem amado, mesmo após a morte dele. Não imagino qual seja a sua opinião sobre esse assunto. De minha parte acho melhor não dizer nada.