A parte do porco
Não se fala noutra coisa que não a possibilidade de uma pandemia causada pelo vírus da gripe suína. Ano passado um alerta promovido pela Câmara dos Lordes da Inglaterra estimava que uma pandemia causada por um vírus de gripe aviária, descoberto no Vietnã, provocaria 50 milhões de mortes em todo o mundo. Felizmente nada aconteceu.
Agora estamos na mira desse tal vírus H1N1 que fez umas tramóias genéticas e tornou-se capaz de ser transmitido pessoa a pessoa. Alguns casos já foram identificados, pessoas já morreram pela ação do vírus e a vigilância foi ativada em portos e aeroportos.
A idéia de pandemia é assustadora porque nos coloca na posição de possíveis vítimas e expõe a fragilidade dos seres humanos contra fatores que nem sempre podem ser controlados. Obviamente, dispõe-se hoje de mecanismos de controle e tratamento imensamente maiores que os utilizados em 1918, quando a epidemia de gripe espanhola provocou 35 milhões de mortes. Ainda assim, há que se estar atentos e todos os cuidados são necessários.
E assim os porcos passam a fazer parte dos noticiários. Identificados com a sujeira e exalando forte odor através da pele, os suínos são vítimas permanentes do apetite humano o qual saciam com suas carnes. Agora vêem-se envolvidos com a possibilidade de uma epidemia global e passam a correr sérios riscos: o governo egípcio anuncia que vai matar, a partir de hoje, todos s 300 mil porcos de seu país para evitar a gripe suína.
Triste destino o desses animais criados para servir ao homem. Pena que nem ao menos possam se disfarçar.