Crianças em ação
Em Botucatu-SP, cinco crianças – idades entre 8 e 13 anos – invadiram a escola onde estudaram e destruíram tudo o que encontraram pela frente. Depois de salas de administração e de aula partiram para o berçário que arrebentaram todo.
Dia seguinte, uma funcionária limpa o chão e chora por ver o trabalho de muita gente destruído. Diz não compreender as razões das crianças.
Crianças! Elas foram localizadas e confessaram a autoria das depredações. Os pais foram chamados, advertidos e voltaram com os filhos para casa.
Histórias de criminalidade infantil têm povoado os noticiários. Em São Paulo há um menino que já participou de dezesseis assaltos. De vez em quando é recolhido para adquirir um pouco de sociabilidade. Depois é devolvido para a mãe e às ruas para depredar carros estacionados e assaltar. No mais, basta dar uma olhada nas favelas onde meninos portam armas pesadas e por aí afora.
Não. Esse texto não pretende falar sobre punição de menores infratores, leis, opiniões de juristas, motivações pessoais, desequilíbrios mentais, desigualdade social e outros assuntos pertinentes ao tema que aborda. Esse texto é escrito com a finalidade última de registrar cenas de horror que felizmente não presenciamos, cenas de crianças movidas por um ódio que não podemos compreender, crianças graduando-se numa outra escola, a do crime.