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De volta ao mundo

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Tudo pode acontecer quando se trata de ficção, mormente a científica. Filmes sobre os mais variados temas de ficção científica atraem multidões aos cinemas. A reconstrução cinematográfica do jurássico, quando os grandes répteis dominaram a Terra, devolveu aos espectadores imagens de uma época na qual animais gigantescos disputavam a supremacia no planeta. Os filmes sobre dinossauros e outros répteis continuam a ser produzidos. Neles o homem aparece como um intruso que, fazendo reviver grandes monstros, desafia a lógica da criação. Finais nos quais o homem a duras penas consegue se safar deixam-nos atônitos diante do que poderia ser tudo aquilo caso viesse a se tornar realidade.

Mas, a ciência não para. Não para, não. Eis que numa cratera siberiana, conhecida como Boca do Inferno, foi encontrado um potro congelado de 42 mil anos. O potro de dois meses encontra-se em ótimas condições daí cientistas russos e sul-coreanos pretenderem cloná-lo. Isso mesmo: devolverão ao mundo uma espécie extinta, tentando, assim, restaurar a raça de cavalos Lenskaya, desaparecida a 4 mil anos. Trata-se de um caminho para trazer de volta à vida o gigante Mamute-lanoso. No momento a equipe empenha-se em escolher uma mãe na qual será hospedado o embrião a ser clonado.

Eis aí mais um passo da ciência que, como se disse, nunca para. Convenha-se que o retorno de espécies extintas não deixa de ser interessante. Aliás, desafio a ser superado. Entretanto, cabe-nos ponderar acerca da interferência na ordem natural das coisas. Como ficaria esse vasto mundo caso a clonagem de seres extintos viesse a se tornar um tanto mais rotineira? Que tipo de vantagens espera-se obter com a interferência no caminho evolutivo trilhado pelas espécies no planeta cujo resultado atual é o que hoje se presencia?

A notícia da clonagem do potro siberiano não deixa de ser interessante. Mas, acompanha-se de dúvidas cujas respostas pertencem ao futuro.

Escrito por Ayrton Marcondes

10 abril, 2019 às 6:43 pm

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