Ainda as eleições
Impossível ser isento diante da massificadora onda de notícias sobre as eleições americanas. Donald Trump esmera-se num jogo considerado sujo, proclamando fraudes na apuração. Mas, aparentemente, não existem indícios de fraudes. A atuação do presidente gera reações perigosas. Seus seguidores acreditam, incondicionalmente, no que ele diz. E reagem. Não se sabe o que acontecerá quando a já prevista vitória de Biden se consolidar.
A polarização norte-americana é endêmica no mundo. Repete-se aqui, entre nós. Entretanto, a quase certa vitória de Biden joga um pote de água fria na atual política externa brasileira. Com Biden no governo do país mais poderoso do mundo manter a atual política externa poderá resultar num completo isolamento do Brasil.
Mas, o que tem a ver o cidadão de um país emergente, como o Brasil, com o resultado de eleições em outro país? Fato é que pessoas não se dão ao trabalho de ponderar que esse jogo, entre cachorros grandes, tem consequências enormes sobre o prato de comida de milhares e milhares de pessoas. Os reflexos sobre a economia global - e do país - são grandes e imediatos. Vejam-se, por exemplo, as oscilações no valor do dólar, na Bolsa de Valores e na retirada de investimentos estrangeiros no país.
Confúcio afirmou que ao examinarmos os erros de um homem conhecemos o se caráter. Nos tempos atuais não será difícil termos ideia sobre o caráter de muita gente que concorre a cargos públicos em eleições.