Afogamentos
Acontecem com muita frequência os afogamentos em regiões litorâneas. São histórias de deixar o cabelo em pé. Neste fim de semana quatro rapazes estavam em praia do litoral paulista. Eram vindos do interior de Minas Gerais para comemorar na praia a passagem de ano.
Quem narrou o caso foi o irmão de uma das vítimas. Disse ele que, de repente, formou-se grande muvuca, ajuntando-se várias pessoas. Foi quando ele resolveu se aproximar da beira do mar para ver o que atraíra tanta gente. Ao chegar eis que deu de cara com o próprio irmão, já morto por afogamento. Um outro rapaz do grupo também se afogou.
Na mesma semana um policial estava na praia com a família, aproveitando folga no serviço. Ao avistar quatro crianças em perigo no mar, decidiu-se por ajudá-las. Infelizmente foi o jovem policial a se afogar. As crianças foram salvas por ação de banhistas.
Ano passado houve um caso realmente difícil de aceitar. Dois jovens haviam se casado na véspera e vieram passar a lua de mel na praia. Estavam os dois sobre uma pedra quando se formou onda muito grande que os puxou para o mar. Ambos se afogaram. Duas mortes de jovens que iniciavam suas vidas.
Com a facilidade de acesso às regiões litorâneas muita gente utiliza folgas de trabalho, férias e finais de semana para uma visita ao mar. É uma festa. Entretanto, grande parte dos turistas não têm a menor familiaridade com os perigos do mar. Banhistas de ocasião entram na água e não se conta do momento em que se afastam demais da zona de segurança ou da formação de ondas marinhas mais fortes. E dá no que dá.
Entretanto, os frequentes afogamentos - acontecem a cada fim de semana - não têm funcionado como advertência aos novos banhistas. Talvez a confiança na força e na vida, além da certeza de que “isso não acontecerá comigo” possa ser responsabilizada por tantas e tristes perdas.
Não custa falar sobre isso na esperança de que alguém se inteire sobre tais perigos.