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Bichos de estimação

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Podem ser de pelúcia, mas os vivos são os preferidos. Ele(a) e  o(a) dono(a) são cara de um, focinho do outro. Pelo jeito e cara do cachorro adivinha-se como é o dono e vice-versa - isso quem me diz é pessoa muita entendida. Talvez isso explique as preferências das pessoas por diferentes raças de cães e assim por diante. Em relação a gatos a coisa é mais complicada: gatos são seres mais noturnos, ativos nas madrugadas, atalaias de telhados como muita gente gostaria de ser.

 Nada contra os bichos. Na sociedade atual, excludente, na qual quase todas as relações tendem ao conflito motivado por várias razões, os bichos de estimação funcionam como uma espécie de salvação: eles ouvem calados, não respondem, devolvem afetos e passam muito bem por desinteressados. Aparentemente neles existe o amor verdadeiro, quando não aquela adoração de quem é capaz de dar a vida pelo dono.

E assim os bichos vão ocupando espaços deixados pelos humanos, daí a proliferação de negócios cada vez mais rendosos. Prova disso é a palavra “pet” que encabeça larga rede de atividades de natureza econômica.

Problemas? Só para pessoas próximas aos donos dos animais. Como dizia um filósofo popular, é o tipo da coisa: você conhece bem o amigo, quer-lhe um bem danado, mas de repente reconhece no animal de estimação dele a exacerbação das suas chatices pessoais. É como se no animal se aprofundassem as idiossincrasias do dono. Ou coisa parecida, os psicólogos talvez expliquem melhor.

Tem mais: bichinho bonitinho é bonitinho mesmo para o dono; caso aliás muito parecido com o de algumas crianças, tão lindas para os pais, mas frequentemente chatinhas para outras pessoas.

Quem não concordar que atire a primeira pedra.

Escrito por Ayrton Marcondes

14 junho, 2009 às 11:44 am

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Postado em Cotidiano

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