Mares subindo
Estudos recentes demonstram que, se nada for feito, o nível dos mares terá subido1,80 m, em 2100. Vozes mais dramáticas falam em elevação de vários metros.
O mecanismo do possível desastre todo mundo conhece: poluição, introdução excessiva de gases indesejáveis na atmosfera, elevação da temperatura global (efeito estufa), degelo das calotas polares e consequente elevação do nível dos mares.
Os jornais anunciam que representantes de vários governos visitam uma estação norueguesa na Antártida. A idéia é mostrar situação das geleiras e tentar evitar o fracasso da cúpula do clima marcada para dezembro em Copenhague.
Mas se o assunto são os mares, não é só isso. A poluição dos oceanos aumenta a cada dia. O resultado é a formação de extensas “zonas mortas” nas águas marinhas. O que são “zonas mortas”? São regiões extensas onde o acúmulo de poluentes reduz a quantidade de oxigênio da água (hipóxia) impedindo a vida.
Notícias como essas são lidas nos jornais e em geral passamos por elas como se nada tivéssemos com o que está acontecendo. Para começar, 2100 está muito longe e não estaremos vivos para ver as consequências. Quando ouvimos alguém dizer que as populações das regiões litorâneas afetadas pela elevação do nível da água terão que migrar para outros lugares e que isso poderá gerar grandes conflitos, ignoramos essa afirmação que mais parece ficção.
No fim fica a impressão de que somos impotentes diante de problemas tão grandes e que nada podemos fazer. Que posso eu contra o degelo das calotas palares e as extensas áreas marinhas onde não existe vida? Os culpados são as fábricas que poluem o ambiente, o consumo exagerado de petróleo nos países ricos, as queimadas inconsequentes de áreas verdes, o desmatamento da Amazonia e por aí afora. Vai daí que com tantos culpados sentimo-nos livres para poluir: não selecionamos o lixo, jogamos dejetos em praias, abusamos do uso dos plásticos, os escapamentos dos nossos carros…
Não sei quantificar a melhora que teríamos nas condições ambientais caso cada um de nós fizesse a sua parte mas certamente os resultados seriam muito animadores. Que tal tentar?
Não tenho procuração para falar pelo ambiente mas suponho que ele ficará muito grato pela sua cooperação.