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Casal de bombas
Sabíamos sobre a existência da “mãe de todas as bombas”. Foi usada pelos norte-americanos no Afeganistão. Pobrezinha, essa mãe de altíssimo poder destrutivo, seguia sua vida solitária após o malogro de seu relacionamento com o “pai de todas as bombas” fabricado pelos russos. Agora, porém, eis que recebemos a notícia de que, finalmente, a “mãe de todas as bombas” tem um novo companheiro: “o pai de todas as bombas”, do Irã.
O novíssimo “pai de todas as bombas” acaba de surgir no cenário mundial. Fabricado pelo Irã esse novo artefato guerreiro pesa 10 toneladas. Os iranianos avisam sobre o enorme poder destrutivo de sua nova bomba. Não se explica se a bomba iraniana se assemelha à dos russos. A bomba russa é termobárica e consta ter poder destrutivo duas vezes maior que “a mãe de todas as bombas” norte-americana. O “pai russo” tem efeito explosivo de 44 toneladas de TNT e segundo se descreve ao explodir “tudo o que está vivo simplesmente evapora”.
“Pai” e “mãe”, não são bombas nucleares. Diferem, portanto das bombas desenvolvidas na Coreia do Norte sob as ordens do ditador Kim Jong Um. Aliás, o ditador norte-coreano segue em sua ensandecida rotina de testes de mísseis, contrariando a comunidade mundial de nações. Prometendo aos EUA provocar dor nunca antes experimentada a Coréia do Norte trafega numa rota a cada dia mais sem retorno.
Ontem, na Assembleia da ONU, o presidente Trump afirmou que poderá ser levado a destruir a Coréia do Norte. Importa lembrar de que quem está dizendo isso não é um qualquer: trata-se do presidente dos EUA, homem que tem acesso aos botões que colocam em ação armas nucleares.
Faz parte da história do homem envolver-se em conflitos que tantas vezes se revelaram mais duradouros e perniciosos do que a princípio se supôs. Milhares de vidas humanas foram sacrificadas em dois conflitos mundiais cujos efeitos, mesmo passados mais de 70 anos desde a Segunda Guerra, ainda hoje são observados.
Entretanto, no momento, o que se teme é pela instalação de um conflito que coloque em risco a sobrevivência da própria espécie humana no planeta. No fim das constas tudo se resume ao impulso de apertar um botão que poderá colocar fim a uma prodigiosa experiência humana no planeta.