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Fim de ano - I
Dada a natureza algo repetitiva dos fatos que acontecem no dia-a-dia o que mais chama a atenção nesse momento são os olhares sobre este 2011 que agora já entra em agonia. Como acontece em todo encerramento de ano os meios de comunicação apelam para linha reflexiva como se a humanidade ansiasse se harmonizar com o passado e torcer por bom futuro. O ano vindouro é sempre esperança embora opiniões negativas, principalmente de economistas que não veem solução imediata para a crise internacional.
Fala-se daqui e dali para no fim eleger-se o tsunami ocorrido no Japão e as mortes de Bin Laden e Gadafi como fatos mais significativos de 2011, pelo menos até agora. A tal Primavera Árabe ocupa noticiários sendo que a morte do líder líbio ainda dá pano para mangas suspeitando-se de assassinato puro e simples fato que teria consequências. Quanto ao tsunami as imagens flagradas em vários lugares destruídos pelas águas do mar continuam a nos impressionar. Está na internet uma coleção de fotos e vídeos sobre a tragédia japonesa e simplesmente é impossível ignorá-la. Creio que mais que a observação da destruição as fotos são testemunho da fragilidade do homem e do mundo por ele criado frente à força da natureza. Se ensinamento maior pode se retirar do tsunami ocorrido no Japão é o de que a humanidade é fraca demais diante de alterações ambientais, quaisquer que sejam as origens delas. Se placas tectônicas se movimentam e geram ondas marítimas gigantes que invadem as praias ou se a destruição do meio ambiente pela atividade humana progride as consequências são e poderão sempre ser terríveis. Se nada pode impedir o movimento das placas muito há a se fazer em relação aos fatores que desequilibram os ecossistemas. Disso depende, como se repete à exaustão, a continuidade da vida na Terra.
Mas, aproxima-se o natal. É estimulante observar gente que se dedica às pessoas carentes, principalmente crianças que vivem em orfanatos e outras instituições. Sem entrar no mérito das razões que levam seres humanos a serem solidários com outros e deixando de lado explicações simplistas vale a pena nos lembramos de que talvez possamos, também, fazer algo por alguém que certamente necessita de nosso carinho e atenção. O problema é que estamos sempre envolvidos em situações que nos roubam tempo e paciência daí nos darmos o desfrute de alguma desculpa que nos desobriga a fazer alguma coisa pelo próximo. Entretanto, existem os que fazem, aqueles que, por exemplo, levam presentes a crianças carentes para que também elas possam experimentar a alegria do natal.
Refiro-me a esse fato por ter conhecido, recentemente, pessoas que se empenham muito em ajudar pessoas carentes. Terão elas, certamente, um natal feliz, dado que espelhado no sorriso que recebem das crianças carentes ao proporcionar a elas raros momentos de alegria.