Nesta segunda-feira o premiê da Malásia finalmente declarou que o Boeing que realizava o voo MH 370 caíra nas águas do Oceano Índico e nenhuma das 239 pessoas a bordo haviam sobrevivido. Colocava-se um ponto final nas dúvidas e esperanças de que a tripulação e passageiros pudessem, ainda, estar vivos.

Desaparecido há mais de 15 dias o Boeing provocou grande esforço de buscas nas quais se envolveram vários países. O fato de não se ter ideia sobre o rumo que o avião tomara depois do último contato e a ausência de sinais de radares que ajudassem na investigação fez do desparecimento mistério difícil de resolver.

Paralelamente, surgiram hipóteses sobre o que teria acontecido para que o avião mudasse de rumo e voasse durante horas seguidas até aquele que hoje foi revelado o seu trágico fim. Investigações envolvendo o piloto e o copiloto, possíveis terroristas a bordo, possibilidades de sequestro e outras até agora em nada resultaram.  De modo que apenas parte do mistério se resolve com a divulgação da notícia da queda do avião e morte de seus ocupantes. Continuam em aberto, sujeitos a especulações, os acontecimentos ocorridos no interior da aeronave que motivaram o desvio da rota e a queda em águas oceânicas.

Destaque-se o indescritível sofrimento de familiares dos desparecidos em tão trágico acidente. Viveram essas pessoas momentos terríveis, aguardando notícias e mantendo esperanças de um quase impossível final feliz. Reunidos em hotéis familiares dos passageiros enfrentaram o dia-a-dia de uma tragédia que a cada hora se desenhava concretizada. Por fim, a notícia e agora os protestos contra o governo da Malásia, a companhia aérea e outros responsáveis.

Do que não se fala é de como teriam sido os momentos finais dos passageiros presos a um avião que viajava sem rumo definido. Trata-se de assunto constrangedor sobre o qual o melhor é não imaginar nada embora se queiram conhecer as razões que levaram o avião a mudar de rota.

Os acidentes aéreos são situações que nos dizem respeito daí nos irmanarmos ao sofrimento das vítimas e seus familiares. Hoje em dia o transporte aéreo tornou-se meio mais acessível para viagens de longa distância e milhares de pessoas embarcam e desembaraçam em aeroportos do mundo diariamente. Ao afivelarmos o cinto na poltrona de um avião nem de longe podemos imaginar um desfecho fatal para a viagem que realizaremos. Terá sido assim com os passageiros que embarcaram em Kuala Lumpur com destino a Pequim. Para muita gente uma viagem rotineira num percurso de algumas horas até o destino final. Mas, infelizmente, não foi o que aconteceu e agora todas aquelas pessoas estão mortas, restando àqueles que as amavam dor e sofrimento.