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No olho do furacão
A Lua é um ponto do espaço frequentado pelos seres humanos. Habitado, o satélite também serve como ponto de conexão para outras viagens especiais. Pode-se ir à Lua com alguma facilidade dada a existência de naves que diariamente fazem o percurso, levando e trazendo passageiros. Estamos no mundo do filme “Ad Astra” no qual o ator Brad Pitt faz o papel de um astronauta em missão para encontra seu pai, também astronauta, desparecido há mais de 20 anos.
Estivéssemos no futuro - e as viagens espaciais fossem realidade - teríamos opções de sair da Terra, temporariamente ou não, fugindo de problemas como o da pandemia provocada pelo coronavírus. Mas, como isso ainda é impossível, o jeito é seguir as recomendações das autoridades sanitárias e proteger-se.
Na iminência da explosão de grande número de casos no país chamam a atenção os alertas para os grupos de risco, destacando-se idosos e pessoas doentes. Em particular aos idosos a situação se desenha como a presença de uma espada sobre as cabeças. Pessoas mais velhas correm mais perigo se infectadas devido ao sistema imunitário mais fraco em decorrência da idade. Esse fato, alardeado de mil maneiras, repetitivamente, torna-se assustador como não poderia deixar de ser. Em consequência instala-se certa crise de confiança nas possibilidades de sobrevivência entre as pessoas mais velhas.
O fato é que, a essa altura, aproximamo-nos do olho do furacão. A despeito de todos os pronunciamentos e previsões o número de casos começa aumentar. Daí esse olhar preocupado que se estampa nas face de muita gente, mormente na dos idosos. Na portaria do prédio ouvi de uma senhora a pergunta sobre se sobreviveríamos a mais essa ameaça. Ao que outra senhora lembrou de que já passamos por tantas, e dobramos bem, que não será desta vez que seremos pegos.
Os próximos dias serão tensos com o agravamento da crise que se inicia. O presidente da República ignora ameaças e aparece em público mesmo estando em período de observação. Nos estados governadores apressam-se na adoção de medidas rumo à paralização. Nos próximos dias, com a escalada da epidemia, a paralisação total talvez venha a ser inevitável.
Resta-nos acompanhar a marcha dos acontecimentos.