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Comida estranha
Numa escola dos EUA uma aluna do Ensino Médio presenteia seus colegas com biscoitos que ela mesma preparou em casa. O detalhe é que ao fazer os biscoitos ela a eles adicionou as cinzas de seu avô. De modo que os colegas ingeriram o pó do avô misturado à massa dos biscoitos. Caso confirmado, pergunta-se se existe crime no ato da aluna que deu fim aos restos carbonizados de seu avô. Como parece não existir jurisprudência sobre o assunto a punição fica por conta da escola.
Em Addis Abeba, Etiópia, cirurgiões retiram do estômago de um homem 122 pregos… Além deles pedaços de vidro, duas agulhas… Impressiona o fato de o estômago do dito cujo não ter sido perfurado por esses objetos pontiagudos. Supõe-se que o devorador de pregos os ingeriu com auxílio de goles de água. No mais…
Num hospital de São Paulo certa ocasião esteve internada uma mulher que gostava de engolir garfos. Quando foi levada ao hospital uma radiografia revelou a existência de duas peças no estômago. Submetida a cirurgia os garfos foram retirados. Entretanto, no período de convalescença, ainda no leito hospitalar, eis que refeições foram servidas à mulher, naturalmente acompanhadas de talheres. Pois aconteceu de a paciente ingerir um garfo, fato que motivou sua transferência ao centro cirúrgico para nova operação.
O caso da mulher que engolia garfos chamou a atenção pelo fato de ser ela pessoa absolutamente normal no convívio, educada e boa prosa. Por alguma razão, entranhada nas profundezas do cérebro dela, vivia com a compulsão em ingerir garfos. Caso para psiquiatras e outra sorte de especialistas.
É fato que as pessoas têm manias, a maioria delas consistindo em práticas sem maiores consequências. Não se taxa como louco alguém que tem lá suas esquesitices quando consideradas passáveis. Entretanto, há extremos. O italiano Hilário, a quem conheci na infância, folgava-se alimentando-se de gatos. O italiano tinha na carne dos bichanos a máxima iguaria possível. Daí que vivia a perseguir os pobres gatos os quais enforcava, quebrando-lhes o pescoço ao comprimi-lo no vão da porta de sua cozinha.
Do Hilário sabia-se que viera para o Brasil ao fim da segunda grande guerra. Saíra da Itália devastada após a derrota de Hitler e a morte de Mussolini. Nunca falava sobre o passado, mas era certo que lutara na guerra conforme demonstravam cicatrizes aparentes em seu corpo. Terá, talvez, sido o fato de participar dos horrores da guerra e ter-se alimentado daquilo que fosse possível a razão de sua vocação para comer a carne de gatos.