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Extinção de espécies
Ecossistemas dramaticamente alterados influem negativamente na sobrevivência das comunidades que neles vivem. Desmatamentos, exploração inadequada do solo, queimadas, corte seletivo de madeira e outros modos de ocupação reduzem a parte natural de ecossistemas e contribuem para a extinção de espécies. Aliás, em relação às espécies, também são muito importantes a caça predatória e os negócios praticados por traficantes que aprisionam animais para comercializá-los no exterior. Não se passa muito tempo sem que fiquemos sabendo da descoberta de animais em mãos de traficantes, muitos deles espécies raras e a caminho da extinção. A tudo isso se pode acrescentar o roubo de espécies vegetais nativas que, levadas ao exterior, servem à pesquisa daí se obtendo produtos que, depois de patenteados, são vendidos em todo o mundo.
Não é estranha a ninguém a devastação corrente nos ecossistemas brasileiros com consequências variadas destacando-se alterações climáticas e perda de espécies. Acaba de ser divulgada uma lista das 100 espécies com maior risco de extinção em todo o mundo. Desse total cinco vivem nos ecossistemas brasileiros. São elas um macaco da Mata Atlântica, um pássaro da Chapada do Araripe, no Ceará, um roedor e duas borboletas. A lista resultou do trabalho conjunto de 8 mil cientistas que se reuniram e contém espécies de 48 países diferentes.
O macaco que vive na Mata Atlântica, região Sudeste do país, é o muriqui-do-norte. Trata-se do maior macaco das Américas do qual restam apenas 1000 indivíduos. Desmatamento, caça e corte seletivo de madeira estão entre as causas que decretaram a redução da população desses macacos, sendo que parte deles é encontrada em áreas de reserva florestal.
No relatório final produzido pelos autores da lista de animais em extinção ressalta-se a irreparável perda representada pelo desaparecimento das espécies citadas e o fato de que é possível conter o avanço da extinção. Torna-se necessário dar às espécies condições de sobrevivência para isso exigindo-se participação moral e ética da sociedade além de ações concretas visando a preservação.
Para que se tenha ideia da importância do problema dados recentes publicados pelo IBAMA informam que só no Estado do Amazonas existem 21 espécies em risco de extinção. A principal delas é o peixe-boi que é caçado por fornecer muita carne e de boa qualidade. Outros animais estão ameaçados por serem objetos de interesse em ser tomados como bichos de estimação. Entre eles podem ser citados macacos, araras e papagaios.
A Mata Atlântica é o ecossistema mais devastado do Brasil e nela já foram constatadas extinções de espécies como a perereca Phrynomedusa fimbriata , a arara Anodorhynchus glaucus, além de quatro invertebrados terrestres, como a minhoca-branca e uma espécie de minhocuçu.
Falta de fiscalização e impunidade dos infratores estão entre os principais motivos da progressão de ameaças de extinção de espécies.