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Eleições americanas

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Seguem as notícias sobre as eleições americanas. Joe Biden e Donald Trump até agora têm chances de vitória. As urnas trazem resultados favoráveis a Biden, mas nem tanto. Nos EUA um presidente é eleito se conseguir 270 cadeiras no colégio eleitoral. Diferente do que acontece entre nós: no Brasil o presidente é eleito pela maioria de votos.

No filme “Vassalos da Ambição” (The best man), de 1964, tem-se ótima encenação do processo de escolha de candidatos pelos partidos à presidência da República. O filme é dirigido por Franklin J Shaffner e conta com os atores Henry Fonda e Cliff Robertson como adversários na indicação. O texto e diálogos são de autoria do grande romancista Gore Vidal.

Henry Fonda é Willian Russel, homem que coloca seus princípios acima de tudo. Esconde ser ateu, o que é grave eleitoralmente, e tem, no seu passado, histórico de traições à sua mulher. Entretanto, ela acaba concordando em aparecer ao lado do marido para não atrapalhar seu projeto político. Cliff Robertson é Joe Cantweel, prático e mais agressivo.

A trama se desenrola em torno dessa disputa. As coisas parecem ser mais favoráveis a Russel que dispõe de informação capaz de acabar com as pretensões de seu adversário. Trata-se de casos de homossexualismo do candidato. Os membros da equipe de Russel insistem para que ele divulgue o fato e consiga a indicação. A partir daí será preciso assistir o filme para saber o final.

Em “Vassalos da ambição” tem-se um quadro bastante real das estratégias de ação dos políticos norte-americanos. A tal “ficha limpa”, tão relevante, parece não fazer parte do perfil dos candidatos. É o que estamos a ver, hoje, no noticiário em que o presidente Trump parece disposto a tudo para continuar na presidência. Embora com chances reais de poder vencer ele ameaça parar a apuração e apelar da a Suprema Corte. Interesses bem distantes dos professados pelos eleitores de ambos candidatos afloram num momento em que o que vale é apenas a vitória.

No Brasil acompanha-se com preocupação o desenrolar das apurações. A torcida do atual presidente brasileiro por Trump é conhecida. Mas, pergunta-se, sobre o que se seguirá no país, e na América Latina, caso Biden, o democrata, vença.

Eleições americanas

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O assunto sobre o qual se fala é o resultado das eleições nos EUA. Barack Obama foi reeleito presidente da República. Vitoria por margem apertada que o obrigará a negociar com os republicanos para governar.

Obama é um cara interessante. Bateu o oponente Romney nas urnas e apareceu com a mulher e as filhas, todos muito felize, comemorando a vitória. Acho que dizer “felizes” é até pouco. Estavam pra lá de radiantes, afinal não é todo dia que se consegue emprego de presidente da maior potência mundial.

Tenho a impressão de que entre nós a torcida pendia para o lado de Obama. Talvez por acomodação. Torci para ele porque foi presidente por quatro anos e não botou fogo no mundo. Romney tem uma cara desconfortável. É mórmon e de vez em quando fala coisas sobre as quais seria mais esperto calar-se. Perdeu votos entre os hispânicos - votos decisivos - quando sugeriu que os ilegais deveriam autoexilar-se.   Conheci um candidato brasileiro que tinha eleição ganha até a véspera da votação: perdeu porque cai na besteira de dizer que mandaria para fora da cidade os ambulantes etc. Eleitores não são surdos e, no geral, são avessos a falas extremadas.

Verdade que o que está escrito acima não passa de opinião de terceira-mão. Não tenho informações diretas dos EUA, não vivo lá e acabo sendo sensível ao que a mídia daqui propaga. Só fiquei meio desconfiado do Obama quando um americano me disse: o Obama é o Lula de lá.

Bem, ser o Lula é sempre preocupante. Lula vive na berlinda. Agora estão tentando agarrá-lo pela suposta participação no mensalão. Dizem que não é possível um presidente não saber o que se passa na sala ao lado da sua em palácio. Mas, Lula é liso, sairá dessa facilmente e olhe que quando ele fala é difícil não acreditar nele. Lula nasceu para a política, tem bossa pra isso. Com ele é ame-o ou deixe-o. E o povo o ama.

No passado se dizia: o que é bom para os EUA também é bom para o Brasil. Exageros a parte, no fim das contas a eleição presidencial norte-americana nos interessa justamente por isso. Do presidente eleito dependem políticas para a América do Sul onde pontifica o Brasil. Então o Obama fica diretamente ligado ao nosso bem-estar e, talvez por isso, muitos de nós tivessem medo de uma mudança que sabe-se lá no que iria dar.

Obama reeleito resta-nos torcer para que os EUA resolvam os problemas internos. Para isso o mundo político deverá ficar acima de suas divergências, priorizando o país. Há quem diga que os EUA deixarão de ser a maior potência mundial porque estão perdendo muito espaço no mundo. Pode até ser. Nunca é demais recordar que impérios não são eternos.  Os romanos do passado que o digam.