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Habemos papam
Quem diria, o novo papa é argentino. Não dá pra esconder que torcíamos pelo nosso D. Odilo. Daí que fica engraçado ouvir as opiniões de representantes da igreja no Brasil, elogiando os membros do Conclave pela escolha de um cardeal latino-americano.
Naturalmente as piadas já começaram a partir da que diz que agora está confirmado: Deus não é brasileiro. Até que pode ser bem por aí, afinal o Brasil tem o maior número de católicos do mundo, então porque a Argentina, justamente a Argentina? Agora só falta ganharem aqui a Copa de 14 e aí estaremos mesmo por baixo. Mas que fazer se quem escolhe o papa é o Espírito Santo que guia os votos dos cardeais?
Agora, eu gostaria de saber da votação de D. Odilo. O cardeal brasileiro oferecia, entre outras vantagens, o fato de ter 63 anos de idade, portanto ser bem mais jovem que o cardeal argentino. Mas, o Vaticano não publica resultados de eleições. O voto é secreto e o resultado um mistério, exceto pela divulgação do vencedor. Mas, que fazer se o que manda é a tradição e a regra do jogo é cumprida?
Conversa mole de lado que esse Francisco I seja um bom papa. Estou na fase da vida onde não sei o que dizer sobre a existência de Deus. Hoje se publica o primeiro resultado obtido pelas 66 antenas em solo chileno cuja finalidade é a observação do Cosmos. Descobriu-se vestígios da de água em estrelas situadas a 12 bilhões de anos daqui. Isso quer dizer que esses dados obtidos representam o que existia naqueles corpos celestes há 12 bilhões de anos. Então o universo, hoje com 15 bilhões de anos de existência, não passava de um bebê recém-nascido. Haveria um Deus por trás dessa incrível criação?
Sendo impossível provar a existência de Deus fico com Kant na sua Crítica da Razão Prática na qual ele diz existir gente que precisa de ter no que acreditar. Como sou um desses que precisam…
Falam bem e mal do novo papa. Comenta-se sobre sua isenção durante o regime ditatorial na Argentina. Destacam-se suas qualidades pessoais, simplicidade e apoio aos pobres. Começa quente o tempo de Francisco I que tem pela frente a difícil missão de apaziguar a igreja e conduzir os mais de 1 bilhão de fiéis que professam a fé católica.