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A contracultura: Woodstock faz 40 anos
Não adianta: se você ainda não viu, tem que ver: o ator James Dean em filmes como “Vidas Amargas” e “Juventude Transviada”. Dean está simplesmente deeemais com suas jaquetas de couro e motocicletas velozes, enfim o típico rebelde sem causa (aliás, o título original do filme “Juventude Transviada” é justamente “Rebel without a cause”.
Eram os anos 50, estava-se no imediato do pós-guerra e começava a nascer uma cultura marginal muito bem representada nos Estados Unidos pela Geração Beat (Beat Generation). Os beatnicks eram jovens intelectuais que criticavam o otimismo, o consumismo generalizado e o anticomunismo defendido às últimas conseqüências pelo senador Joseph Mccarthy que promoveu a “Caça às Bruxas” (uma recente visão sobre o macartismo encontra-se num filme de 2005: “Boa noite e boa sorte” dirigido por George Clooney).
À Geração Beat pertencem nomes proeminentes da literatura norte-americana, entre eles Allen Ginsberg e Jack Kerouac. Ginsberg é autor de um grande poema denominado “Uivo” (Howl). Segundo o poeta William Carlos Willians, “Uivo” só pode ser escrito depois de Ginsberg ter atravessado o inferno. Kerouack é autor do fantástico “On the Road” um livro impressionante que, se você ainda não leu, está mais que na hora de ler.
As manifestações dos anos 50 estabeleceram bases para o surgimento de um novo modo de ser e pensar, comportamento libertário que se estenderia à geração de jovens rebelados contra os padrões da classe média. Esse novo comportamento, conhecido como contracultura ou cultura marginal, manifestava-se através de roupas coloridas, cabelos compridos, novos ritmos musicais, uso de drogas e atração pelo misticismo. Tratava-se do rompimento ideológico com o establishment.
Os anos 60 revelaram-se como o apogeu da contracultura, marcados que foram pela rebeldia da juventude em vários países. O movimento hippie e o rock fizeram parte de uma grande manifestação, certamente anárquica, que nos dizeres de críticos da época visava romper com as regras do jogo.
Principalmente na segunda metade dos anos 60 aconteceram grandes festivais de música da contracultura, um deles o de Woodstock que agora completa 40 anos desde a sua incrível realização. O fato é que ninguém ficou imune a Woodstock e ainda hoje se fala sobre o assunto com algum espanto. Sobre esse festival existe um filme “Woodstock – onde tudo começou” que mostra a reunião de meio milhão de jovens numa fazenda para assistir a um festival de música do qual participaram Jimmy Hendrix, Janis Joplin, Santana, Joan Baes, The Who e Joe Cocker, entre outros.
Frequentemente fala-se sobre a “Nação de Woodstock” formada pela reunião de várias tribos hippies que se comportaram pacificamente durante o festival, podendo comprar drogas livremente e agir cada um a seu modo dentro de um clima de paz e tranquilidade.
Woodstok teve implicações profundas na vida norte-americana estimulando reações contra a Guerra do Vietnã e acaloradas discussões sobre os direitos civis e a segregação racial.
São passados 40 anos desde que se ouviu falar sobre um grande festival alternativo iniciado no dia 15 de agosto de 1969. Nada mais seria igual após Woodstock: os “três dias de paz, amor e música” deram o que pensar e abalaram o mundo.
Paz e amor!