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Ladrões
O que se torce é para que os ladrões sejam bonzinhos. Do jeito que as coisas andam, roubar até que passa, mas roubar junto com estuprar e matar pelo amor de Deus, ninguém merece. Latrocínio não!
Acontece que essa bandidagem em ação não passa de um grupo de desalmados. O menor empoderado com uma arma na mão faltou no dia em que ensinaram amor ao próximo. Por isso para ele é tão banal puxar o gatilho. Pum! Sai correndo e deixa o cadáver ensanguentado. Fosse no tempo do faroeste faria uma marca no revólver para cada assassinato cometido.
A senhora aposentada que volta do mercado, trazendo sacolinhas com compras, segue em direção à sua casa. De repente dois moleques a atacam. A idosa grita, corre. Um dos bandidos a alcança, encosta-a num carro e desfere várias facadas. A mulher morre e os dois fogem. Um deles, o que matou, é preso. Tem 17 anos. Na delegacia o menor entrega o parceiro que, voluntariamente, se apresenta ao delegado. Tem 18 anos. Aconteceu ontem, em Niterói.
Não sei se já repararam, de perto o bandido até parece normal, contrariando o que disse o Caetano. Ontem mostraram na TV o cara que, de dentro de presídio de segurança máxima, comandou o recente ataque na Rocinha. Olhando para ele, sinceramente, não dá para acreditar que aquele carinha é manda-chuva no mundo do crime.
Por essas e outras a gente cruza todo dia por aí com uns criminosos disfarçados de gente boa. Sorte que ao passarmos por eles estejam justamente nos seus momentos família. Daí que seguimos em frente, inteirinhos, sem nenhum sangue escorrendo, cabeça livre de balas perdidas e afins.
Nem sempre ladrões levam vantagem. Foi o caso de uma senhora que entrou numa loja narrando ter seu anel roubado. Estava ela num restaurante que foi invadido por três bandidos. Um deles, ao ver no dedo dela o belo anal que então usava, obrigou-a a retirá-lo, levando-o consigo. Então por que a senhora aparentava alguma felicidade? Acontece que o anel nada mais era que uma réplica sem valor. Enganou-se o ladrão supondo tratar-se de joia de grande valor.
Nesse ritmo vai-se vivendo. Num mundo onde cada vez mais vai se tornando difícil reconhecer entre bons e maus seres humanos resta-nos torcer pela sorte. Ou para que as autoridades enfim consigam reduzir a assustadora marginalidade que cresce diariamente em nossas cidades.