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Nos tempos dos palmtops

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O problema de espaço em casa é terrível. Sou dos caras que demoram a se desfazer de velharias. Decorre desse fato a formação de um pequeno museu no qual se destacam peças de tecnologias superadas que hoje não têm nenhuma utilidade.

A começar por duas boas máquinas fotográficas não digitais que precisam de filmes para funcionar. Hoje em dia as máquinas digitais permitem que sejam tiradas centenas de fotografias, sendo possível se ver na hora o resultado das tomadas. Não faz muito se pagava bom preço por filmes de 12, 24 ou 36 fotos e o melhor era mandar se fazer um copião antes de revelar apenas aquelas que tinham ficado boas. Tudo isso demandava dinheiro, trabalho e tempo. Profissionais ainda usam máquinas desse tipo, mas eles são profissionais e revelam as fotos que tiram.

A minha primeira máquina digital foi uma Casio que demorava uma eternidade para processar a foto. Dias atrás eu a descobri dentro de um armário, um pouco embolorada, mas ativa. Sinceramente, tive vontade de jogá-la fora, mas, como?

Hoje em dia a estão na moda os ultrabooks, sucessores dos notebooks ainda em uso no mercado. O primeiro computador desse tipo que tive foi um laptop comprado no Paraguai. Para a época era uma maravilha que gravava os dados num disquete. Quanto a desktops tive vários a começar pelo velho CP 500 da Prológica, isso num tempo em que peças de computador eram compradas de pessoas que as contrabandeavam.

Quanto a impressoras comprei muitas, algumas nem sempre capazes de imprimir os acentos dos processadores de texto. Está em casa - ainda - uma primeira impressora colorida - uma EPSON - que chegou ao Brasil no meu colo quando voltei de uma viagem à Nova York. E que dizer dos scanners que me roubaram tantas noites de sono para configurá-los aos computadores? Ainda tenho um deles que já não funciona com as novas versões do Windows. Questão de falta de drivers adequados porque os fabricantes apostam na obsolescência obrigando-nos à compra de novas linhas de produtos.

Tenho em casa vários fones de ouvido, um diskman, dois MP3 players e mais alguns “gadgets” que foram sonho de consumo no passado. Mas, falo sobre isso porque descobri entre as minhas velharias um palmtop que me foi muito útil no passado. Nesse palmtop era possível adaptar-se um tecladinho dobrável que permitia a digitação de textos etc. Aconteceu-me estar trabalhando num livro e minha mulher insistir que precisávamos de alguns dias de férias. Resisti por algum tempo, mas acabei concordando. Num hotel de Caxambu trabalhei junto da piscina como meu palmtop. Não era lá dessas coisas para se escrever, mas dava para o gasto, pelo que fiquei muito grato a essa pequena preciosidade tecnológica.

Hoje em dia um palmtop situa-se a quilômetros de distância de um tablet, daí não haver sentido em manter um deles em casa.  Entretanto, não consigo me desfazer dele nem de outros “gadgets” que ocupam espaço precioso em meu escritório. Tempos atrás cheguei a juntar sobre a mesa todos eles, mas desisti na hora de colocá-los no saco de lixo. Talvez os mantenha porque em dado momento fizeram parte da minha rotina diária e me serviram para alguma coisa.

As coisas estão, portanto, nesse pé. Inconclusas. Esses “gadgets” já não servem para nada, foram superados pela voracidade dos avanços tecnológicos. Não sei bem que destino dar a eles, mas creio que acabarão seguindo o destino inevitável que, mais cedo ou mais tarde, os aguarda.

Você tem algum “gadget” que já caiu em desuso?