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Vasto mundo
Não imagino o que possa estar acontecendo agora em Singapura. Posso entrar no Google e talvez satisfazer a minha curiosidade. Tudo o que sei é que Singapura é uma cidade-estado com pouco mais de 5 milhões de habitantes. O centro gira em torno de Padang. Estamos ao sul da Malásia.
Mais: Cingapura agora se escreve com S. A grafia correta é Singapura.
Mas, por que Singapura? É que há pouco ouvi falar de Padang. Meu filho esteve lá. Mandou vídeos de ruas empobrecidas e mal traçadas. Mas, esses vídeos parecem não refletir a realidade total de Singapura que é o quarto maior centro comercial do mundo e onde existem muitos cassinos.
O mundo é vasto. Esteja onde estiver não custa pensar que amanhã, quando você tiver saído de lá, as coisas seguirão do mesmo jeito presenciado durante sua estadia no lugar. Se você esteve no ano passado em New York e passou pela Times Square saiba que neste exato momento milhares de pessoas estão lá, compondo a mesma circunstância antes presenciada por você.
A continuidade de um vasto mundo que não para demonstra muitas coisas, entre elas o fato de que você, afinal, não fará falta em nenhum lugar. Se você atravessou a Broadway quando esteve em NY, nem por isso outros milhares de pessoas deixarão de fazer o mesmo.
O fato de ser apenas um e meio a bilhões de seres humanos é inquietante. Traz à luz a verdade de sermos invisíveis. Tão invisíveis que nossa presença não é notada nas multidões que seguem a mesma rotina, diariamente, em todos os lugares do mundo. Você parou na esquina, esperou o sinal abrir, atravessou, isso ontem. Antes de você, depois de você, milhares de outros fizeram e farão o mesmo, independentemente de quem sejam.
Anos atrás seguia em direção a Saturno uma cápsula espacial enviada para recolher dados sobre aquele planeta. O escritor Carl Sagan teve a ideia de girar a cápsula, permitindo que ela fotografasse a Terra. Eis que, de tão longa distância, o nosso planeta nada mais surgiu que um pequeno ponto de luz em meio à vastidão do universo.
A pequenez do lugar onde vivemos e atuamos, esse pontinho em meio ao nada, convida-nos a refletir sobre o que somos e o papel que desempenhamos em nossa curta estadia no planeta.