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Viagem no tempo
Os gibis do Brucutu eram demais. O personagem Brucutu criado pelo desenhista V. T. Hamlin era um sujeito pré-histórico que preferia lutar contra dinossauros perigosos a viver entre seus conterrâneos no reino de Mu. Mas, algumas das aventuras do herói se passavam em outras épocas para onde era levado pela máquina do tempo, inventada por um cientista. Aliás, Brucutu fazia várias viagens por essa máquina, visitando épocas diferentes nas quais nos deliciava com estranhas aventuras. Vestindo apenas um calção de couro e sempre levando na mão um martelo de pedra o personagem de quadrinhos encantou gerações.
Viagens no tempo tem sido temas recorrentes no cinema. Como se esquecer daquele primeiro “Planeta dos Macacos” no qual o personagem vivido por Charlton Heston chega a um planeta após ter ficado no espaço e o encontra dominado por uma civilização de macacos? A última cena do filme na qual o personagem segue numa praia e, finalmente, descobre onde esta é inesquecível. “De volta para o futuro”, “Os 12 macacos”,”Looper”, são muitos os filmes que se servem do tema. Sem nunca esquecer aquele primeiro “Superman” no qual o personagem vivido pelo ator Christopher Reeves voa em sentido contrário aos dos movimentos da Terra para fazer o tempo voltar e recuperar sua amada.
Mas, existem mesmo viagens no tempo? Os cientistas consideram a possibilidade como bastante improvável dado não se dispor de tecnologia para executá-las. O físico Stephen Hawking ressalta que o fato de não recebermos visitantes do futuro é um excelente argumento contra viagens no tempo. Entretanto, vez ou outra aparece alguém que se diz vindo do futuro. Divulga-se agora que um homem afirma ser viajante do tempo, vindo do ano de 2062 e fazendo previsões de como será o futuro. Teria chegado à nossa época em 2010 para alertar os japoneses sobre a ocorrência de terremotos.
O viajante do tempo esteve em nossa época até 30 de agosto de 2016 e, antes de partir, concedeu entrevistas a jornais do Japão nas quais, entre previsões, falou sobre a sua máquina do tempo sem, entretanto, explicar tudo. Sobre o futuro que nos aguarda disse que a energia utilizada será a solar, viagens interplanetárias passarão a serem comuns, carros voadores circularão com gasto mínimo de combustível, a genética será a área dominante da medicina e poucas mortes ocorrerão devido a enfermidades.
Anos atrás outro viajante do tempo se tornou famoso. John Titor teria vindo do ano de 2036 onde atuava como soldado do exército americano. Titor postava na internet suas previsões que até o momento se mostraram erradas.
Não se pode dizer que viagens no tempo não possam ocorrer. O universo nos fascina e a possibilidade da existência de seres extraterrestres alimenta nossas imaginações. Visitar tempos passados, conhecer o futuro, receber turistas de outras épocas são temas de fato inebriantes, mas que, ainda hoje, pertencem ao mundo da ficção.
Viagem ao passado
Assisti a um interessante programa na TV sobre a possibilidade de viagem ao passado. Explicava-se o “buraco de minhoca” um tubo com duas bocas ligadas a uma garganta. Sendo ele transponível a matéria pode viajar de uma boca a outra, passando pela garganta. A ideia é representada por um verme andando sobre uma maçã. Se ao invés de dar toda a volta para chegar ao outro lado ele cavar um túnel chegará ao ponto final mais depressa. Do mesmo modo um hipotético túnel poderia ser usado para se chegar ao outro lado do universo viajando-se mais rápido que a luz, ou seja, em menos tempo do que a luz levaria para percorrer o espaço normal.
Como se vê os “buracos de minhoca” permitem viajar de um lugar a outro sem passar pelos locais intermediários. Isso significa a possibilidade de viajar no tempo ou percorrer milhares de anos-luz em tempo muito inferior ao registrado nos relógios da Terra. A Teoria da Relatividade de Einstein diz que quando um objeto viaja em velocidade próxima ou igual à da luz o tempo se desacelera. O clássico exemplo é o de dois indivíduos, um que fica na Terra e outro que viaja em nave espacial. No momento da partida o tempo é igual para ambos. Entretanto, devido à velocidade próxima à da luz para o astronauta o tempo passará mais devagar que para o indivíduo que ficou na Terra daí ele envelhecer menos. Em outras palavras, após viagem de poucas horas o astronauta encontrará, ao voltar, o individuo que ficou na Terra envelhecido em alguns anos.
O fato é que embora matematicamente possíveis não existem meios de fabricar ou ter acesso a “buracos de minhoca”. Caso isso se torne possível estará dado o passo para a construção das chamadas “máquinas do tempo” que permitirão viagens ao passado e ao futuro. Por enquanto viajar no tempo é assunto da ficção científica. O cinema utiliza o tema em filmes de ficção, alguns deles muito interessantes.
Ao assistir ao programa sobre viagens ao passado me perguntei a que ponto da minha vida gostaria de retornar. Curiosamente a primeira coisa que me ocorreu foi voltar a uma manhã de 1965 para encontra-me no momento em que ligava o rádio e ouvia, pela primeira vez, a voz de Paul MacCartney cantando a música Michelle que ele acabara de lançar no disco Rubber Soul. Depois me vieram instantes de pessoas já desparecidas que gostaria de reencontrar ainda que só por um instante.